Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça as psicólogas que atendem na Vila Olímpia presencialmente e também online por videochamada. Autor: Andreia Crocco Santos - Psicólogo CRP 06/146707
A música sempre foi uma presença constante na história da humanidade. Seja como forma de expressão, celebração ou conexão espiritual, ela acompanha nossas emoções e memórias.
Com os avanços da psicologia e das neurociências, hoje sabemos que a música também desempenha um papel importante na regulação emocional, que é um aspecto fundamental da saúde mental.
O que é regulação emocional?
A regulação emocional é a capacidade de monitorar, avaliar e modificar nossas respostas emocionais, especialmente em contextos desafiadores.
Ela não significa “controlar” emoções no sentido de reprimir, mas sim compreendê-las e expressá-las de forma saudável e adequada.
Pessoas com boa regulação emocional conseguem, por exemplo, se acalmar após um momento de estresse, mudar o foco após um conflito ou encontrar formas construtivas de lidar com frustrações.
Já dificuldades nesse aspecto podem levar a explosões de raiva, crises de ansiedade ou sensação constante de descontrole.
A música como reguladora natural das emoções
Muitas vezes usamos a música de forma intuitiva para regular o que sentimos.
Escolhemos uma playlist animada para nos motivar, ouvimos uma canção suave para relaxar ou colocamos uma música triste para acompanhar um momento de dor.
Mas por que isso funciona?
Estudos apontam que a música tem efeitos diretos em áreas cerebrais relacionadas à emoção, como o sistema límbico, que inclui a amígdala e o hipocampo. Ao ouvir música, neurotransmissores como dopamina e serotonina são liberados, promovendo prazer, alívio ou bem-estar.
Além disso, o ritmo, a melodia e a letra da música podem atuar como gatilhos emocionais, trazendo à tona memórias e sentimentos associados, permitindo que entremos em contato com emoções que às vezes estavam ocultas ou reprimidas.
A música não apenas regula o que sentimos, como também nos ajuda a dar sentido ao que estamos vivendo.
Ouvir uma música que “fala exatamente o que estamos sentindo” pode criar um espaço interno de validação, conexão e elaboração emocional.
Esse processo pode ter efeito terapêutico.
Quando ouvimos uma música raivosa, triste ou de amor não correspondido, muitas vezes sentimos que não estamos sozinhos. A arte expressa sentimentos que, às vezes, não conseguimos verbalizar.
Estratégias de regulação emocional com música
Embora muitas pessoas já utilizem a música como suporte emocional, é possível tornar esse uso mais consciente e estratégico.
A seguir, apresentamos algumas formas de empregar a música como ferramenta de autorregulação.
1. Escuta ativa
A escuta ativa envolve prestar atenção plena à música, concentrando-se na letra, nos instrumentos, no ritmo e nas sensações que ela desperta.
Essa prática permite que a pessoa se conecte mais profundamente com seus sentimentos e reflita sobre eles.
Por exemplo, em momentos de tristeza, ouvir uma música melancólica pode ajudar a nomear o que se sente e permitir o choro, facilitando a liberação emocional.
2. Escuta moduladora
Nesse tipo de escuta, a pessoa utiliza músicas para mudar seu estado emocional. Um exemplo seria ouvir algo enérgico para combater o desânimo ou escutar músicas calmas antes de dormir.
Essa estratégia é útil para transições emocionais, como sair de um estado de irritação para um de relaxamento.
3. Criação musical
Tocar um instrumento, cantar ou compor músicas são formas ativas de expressão emocional.
A criação musical permite elaborar sentimentos através da linguagem artística, muitas vezes mais rica e profunda do que a comunicação verbal.
Essa prática também estimula a criatividade e promove sensação de realização e identidade, elementos importantes na saúde emocional.
A música como apoio no tratamento psicológico
Muitos psicólogos utilizam elementos musicais em contextos clínicos.
Embora a musicoterapia seja uma área com formação e técnicas específicas, outros profissionais da saúde mental também reconhecem o valor terapêutico da música como ferramenta complementar.
Em sessões de psicoterapia, pode-se explorar com o paciente quais músicas marcaram momentos importantes de sua vida, ou como ele utiliza a música no cotidiano para lidar com emoções.
A partir disso, é possível trabalhar memórias, vínculos e mecanismos de enfrentamento.
É importante lembrar que nem todas as músicas têm o mesmo efeito em todas as pessoas.
A história de vida, os gostos musicais, o contexto cultural, traumas e os momentos vividos influenciam a forma como a música impacta emocionalmente.
Uma canção que acalma uma pessoa pode ser desconfortável para outra. Por isso, é necessário um olhar individualizado sobre a escolha das músicas e seus efeitos.
O autoconhecimento musical também é parte do processo de regulação.
O risco do uso disfuncional da música
Apesar dos benefícios, a música pode ser usada de forma disfuncional.
Quando uma pessoa se isola excessivamente escutando músicas tristes ou utiliza a música para evitar lidar com emoções importantes, há um risco de reforçar padrões negativos.
O uso excessivo da música como fuga emocional pode impedir que a pessoa elabore de fato suas vivências.
É o caso, por exemplo, de quem recorre à música constantemente para abafar a solidão, a ansiedade ou a raiva, sem buscar entender as causas desses sentimentos.
Alguns estilos musicais ou letras podem estimular comportamentos de autossabotagem, agressividade ou romantização do sofrimento.
Isso não significa que essas músicas sejam “ruins”, mas que o modo como são utilizadas precisa ser analisado.
Por exemplo, estar em um quadro depressivo e ouvir músicas tristes pode te deixar pior, pois é a mensagem que o seu inconsciente recebe.
Música, memória e emoção
A música tem uma relação profunda com a memória. Uma única melodia pode nos transportar para um momento do passado, revivendo emoções com intensidade.
Essa capacidade de reativar lembranças faz da música um recurso importante no trabalho terapêutico com memória afetiva.
No caso de pacientes com demência, por exemplo, estudos mostram que músicas familiares podem melhorar o humor, reduzir agitação e resgatar memórias que pareciam perdidas.
Já para quem passa por processos de luto, separação ou mudanças importantes, a música pode ajudar a organizar memórias e dar novo significado a vivências que deixaram marcas emocionais profundas.
Música e identidade emocional
As preferências musicais também fazem parte de quem somos. Elas estão ligadas à nossa cultura, geração, experiências de vida e traços de personalidade.
A construção da identidade emocional passa, muitas vezes, pela relação com determinados estilos musicais.
Adolescentes, por exemplo, frequentemente utilizam a música como meio de afirmação identitária, pertencimento a grupos e elaboração de sentimentos de inadequação, angústia ou esperança.
Em adultos, a música pode acompanhar processos de transformação pessoal, marcando fases da vida e mudanças de valores.
Observar essas escolhas musicais ao longo do tempo pode ser revelador no contexto terapêutico.
Embora a música possa ser uma aliada poderosa na regulação emocional, ela não substitui o acompanhamento psicológico.
Em momentos de sofrimento intenso, confusão emocional ou repetição de padrões prejudiciais, é fundamental buscar ajuda profissional.
O psicólogo está preparado para auxiliar no desenvolvimento da autorregulação emocional, ajudando o paciente a entender a origem de seus sentimentos e encontrar estratégias saudáveis para lidar com eles.
Se precisa de ajuda, procure uma profissional na plataforma Psicólogas Vila Olímpia.
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Autor: psicologa Andreia Crocco Santos - CRP 06/146707Formação: Pós-graduada em Psicanálise e os Desafios da Contemporaneidade. Pós-graduanda em Saúde Mental, Psicopatologia e atenção psicossocial. Atendimento Psicoterápico Clínico de casal e individual de adolescentes, adultos e idosos sob orientação psicanalítica e psicoterapia psicodinâmica