Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça as psicólogas que atendem na Vila Olímpia presencialmente e também online por videochamada. Autor: Andreia Crocco Santos - Psicólogo CRP 06/146707
A autoaceitação é um processo, uma prática. Não é um sentimento que nasce com os indivíduos, embora algumas pessoas tenham maior disposição para desenvolvê-lo em razão da personalidade, experiências de vida favoráveis e fatores ambientais e genéticos.
Sendo assim, todas as pessoas podem aprender a se aceitar como elas são. Esse, na verdade, é um importante passo para ter uma vida feliz e satisfatória.
O que é autoaceitação?
A autoaceitação é o ato de se aceitar como você é, incluindo os pontos fortes e fracos. É uma das coisas mais difíceis de se fazer, uma vez que a maioria das pessoas aprende a esconder os seus defeitos porque eles são ‘maus’. Deste modo, aceitar as partes que você não gosta de si mesmo tende a ser um desafio.
A autoaceitação também engloba as experiências de vida.
Pessoas que passaram por vivências negativas podem atribuir os acontecimentos a elas mesmas, como se, de alguma forma, tivessem atraído aquilo. Podem se culpar por ter passado por essas experiências e esperar que elas se repitam continuamente, ou tentar esquecê-las a todo custo. O problema é que a não aceitação dessas situações impede que elas processem o que aconteceu.
Qual é a importância da autoaceitação?
A autoaceitação é um pilar do amor-próprio. Se você não consegue se aceitar como é, dificilmente consegue se amar. A falta de aceitação e amor por si mesmo conduz às pessoas a viverem vidas pouco saudáveis e felizes, ainda que elas não percebam isso.
O perfeccionismo, a autocrítica exacerbada, a baixa autoestima e a falta de autocompaixão nascem da ausência de autoaceitação. Então, quem não se aceita como é sempre encontra motivos para se criticar, se punir e se odiar. Pense só: como alguém assim consegue tomar boas decisões para a sua vida?
O que é uma pessoa que não se aceita?
Uma pessoa que não consegue se aceitar toma decisões contrárias aos seus desejos e as suas necessidades. Por isso, ela pode não perceber que está fazendo isso, dado que seu comportamento passa a ser automático em razão dos hábitos e costumes.
Entre as suas atitudes comuns estão:
- Se criticar o tempo inteiro, mesmo quando comete erros;
- Não perdoar as suas falhas;
- Ser incapaz de reconhecer os seus pontos fracos;
- Ter uma atitude negativa e mentalidade pessimista;
- Reclamar das pessoas, situações e de si mesmo;
- Abraçar somente os seus pontos negativos, como se fossem os únicos que importassem;
- Não conseguir se perdoar;
- Tomar decisões visando o bem-estar do outro e não o seu;
- Colocar outras pessoas como prioridade na sua vida; e
- Falar comentários autodepreciativos para si mesmo e para os outros.
Esses comportamentos, sem dúvidas, resultam em uma vida vazia, triste e pouco satisfatória. Então, muitas vezes, as pessoas não conseguem perceber que estão colaborando para o seu mal-estar emocional através deles.
Elas atribuem os acontecimentos negativos que acontecem nas suas vidas a uma falta de sorte, sua personalidade horrível ou maldade do mundo. Sendo assim, não conseguem perceber que basta uma mudança de comportamento e mentalidade para que as coisas comecem a melhorar.
O que é uma pessoa que se aceita?
Uma pessoa que consegue se aceitar se coloca no centro de sua vida, tomando decisões que visam o seu bem-estar emocional. Deste modo, conseguem trilhar uma caminhada mais leve em direção a realização dos seus objetivos de vida.
Isso não significa que ela será livre de obstáculos, estresse e derrotas. A diferença entre quem pratica a autoaceitação e quem não pratica é a resiliência, capacidade de recobrar o seu bem-estar após viver adversidades.
Entre as atitudes de pessoas que se aceitam estão:
- Ser capaz de reconhecer as suas competências e fragilidades;
- Abraçar todas as suas características, incluindo positivas e negativas;
- Saber usar as suas habilidades ao seu favor;
- Aprender com seus erros;
- Ter uma atitude positiva e mentalidade otimista;
- Ser capaz de respeitar a si mesmo;
- Defender os seus valores, mas saber a hora de revisitá-los diante de críticas;
- Reconhecer a importância de ajudar os outros e receber ajuda;
- Ser autoconfiante; e
- Não julgar a si mesmo e os outros.
Diferente dos comportamentos das pessoas que não se aceitam, o conjunto de comportamentos exibidos acima impulsionam as pessoas para o caminho do autodesenvolvimento. Elas têm mais facilidade de aceitar oportunidades, se relacionar com os outros e correr atrás dos seus objetivos por terem uma visão positiva de si mesmas.
A autoaceitação naturalmente evolui para o amor-próprio. Quando alguém se ama, tem o seu melhor interesse em mente. Isso não faz com que ele seja incapaz de cometer erros ou se colocar em uma situação complicada sem querer. Entretanto, pessoas que se amam conseguem encontrar razões e forças para superar dificuldades.
Por que eu não consigo me aceitar?
Praticar a autoaceitação não é nada fácil. A baixa autoestima, que faz com que as pessoas se vejam de modo negativo, dificulta esse processo. Há uma resistência ao convite para mudar a sua mentalidade porque a pessoa com baixa autoestima não aceita que isso seja possível. Ela consegue reconhecer as qualidades e talentos dos outros, mas não os seus.
Crenças negativas também são um obstáculo para a autoaceitação.
Pensamentos como “eu não sou capaz”, “eu não consigo”, “eu sou uma pessoa ruim” ou “nunca vou conseguir mudar” impedem que as pessoas reflitam sobre as suas personalidades e tomem a decisão de fazer mudanças. Como essas crenças são alimentadas ao longo dos anos, desvencilhar-se delas requer tempo e paciência.
Como somos geralmente ensinados a esconder os nossos defeitos e dificuldades, temos dificuldade para encará-los quando necessário. Mesmo que outras pessoas os apontem, não conseguimos reconhecê-los e, quando conseguimos, negamos a sua existência para proteger o nosso ego. Essa postura impede o desenvolvimento pessoal.
Outro fator comum que afasta as pessoas da autoaceitação é a necessidade de agradar os outros. Para serem aceitas, elas passam a viver uma vida que, na verdade, não é delas. Em vez de deixarem a sua personalidade fluir, usam uma máscara e fazem o que as outras pessoas acreditam ser certo, não o que elas acreditam ser correto.
Como fazer para me aceitar do jeito que eu sou?
Ninguém é perfeito. Todas as pessoas têm coisas que gostariam de mudar e melhorar em si mesmas. Esse desejo costuma estar presente durante toda a vida, ainda que o contexto mude.
Enquanto algumas pessoas são capazes de aceitar as suas fraquezas, outras se tornam os seus piores críticos. Como fazer para deixar de ser tão autocrítico e praticar a autoaceitação? Veja algumas formas de fazer isso em seguida.
Tenha autocompaixão
Normalmente, as pessoas têm mais compaixão pelas outras do que por si mesmas. Conseguem perdoar os erros alheios, mas não os seus. Da mesma forma, compartilham conselhos e encorajamentos que não seguem ou não acreditam merecer. Se você se identificou com esses comportamentos, pergunte-se por que não consegue ter a mesma compaixão por si mesmo. Ser capaz de aceitar os próprios erros e não se recriminar por eles é uma etapa necessária para a autocompaixão.
Combata crenças negativas
Como combater as crenças negativas que nos causam tanto mal? Basicamente, você precisa substitui-las por crenças positivas, que estimulam bons comportamentos, pensamentos e emoções. Para isso, você pode buscar a ajuda de um psicólogo.
Passar por esse processo na terapia é mais fácil do que fazê-lo sozinho, dado que o profissional da psicologia tem o conhecimento necessário da psique humana para ajudar seus pacientes a alcançarem esses objetivos.
Reconheça as suas qualidades e conquistas
Um exercício que você pode fazer para aprender a se autoaceitar é listar as suas qualidades e conquistas. Se tem dificuldade para identificá-las, pergunte a pessoas de confiança ou ao seu psicólogo. Após listar as suas qualidades, reflita sobre como elas o ajudaram a alcançar as suas conquistas. Deste modo, você vai conseguir entender o quão preciosas elas são.
Deixe de pensar no outro
Volte o seu pensamento e as suas preocupações para você mesmo. É importante ajudar os outros quando você pode, mas não é possível viver a vida de outra pessoa ou tomar os problemas dela para você. Você precisa estar bem consigo mesmo para conseguir trabalhar, se relacionar, estudar e ajudar. Então, foque em você em primeiro lugar.
Seja flexível
Todas as pessoas mudam com o passar do tempo. Seja flexível com a sua própria mudança, aceitando a influência que vem das experiências de vida, das relações sociais e da maturidade. Assim, você consegue aceitar todas as suas facetas sem se sentir culpado por algo natural.
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Autor: psicologa Andreia Crocco Santos - CRP 06/146707Formação: Pós-graduada em Psicanálise e os Desafios da Contemporaneidade. Pós-graduanda em Saúde Mental, Psicopatologia e atenção psicossocial. Atendimento Psicoterápico Clínico de casal e individual de adolescentes, adultos e idosos sob orientação psicanalítica e psicoterapia psicodinâmica