Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça as psicólogas que atendem na Vila Olímpia presencialmente e também online por videochamada. Autor: Andreia Crocco Santos - Psicólogo CRP 06/146707
Esquecer onde deixou as chaves, não lembrar o nome de alguém conhecido ou ter um “branco” durante uma apresentação são situações comuns.
A memória, ainda que fascinante e eficiente, está longe de ser perfeita. Este texto explora as razões pelas quais a memória falha em determinados momentos e apresenta estratégias para preservar e melhorar essa capacidade essencial da mente humana.
O que é memória e como ela funciona
A memória é o processo pelo qual o cérebro codifica, armazena e recupera informações. Pode ser dividida em três etapas principais:
- Codificação – o momento em que uma informação é percebida e registrada pelo cérebro.
- Armazenamento – a manutenção dessa informação por um período de tempo, que pode variar de segundos a décadas.
- Recuperação – o processo de acessar a informação armazenada quando necessário.
Além disso, a memória é subdividida em diferentes tipos: memória de curto prazo, memória de longo prazo, memória episódica (ligada a eventos), semântica (conhecimento de fatos) e procedimental (habilidades e hábitos). As falhas podem ocorrer em qualquer uma dessas etapas ou tipos.
Por que a memória falha: principais causas
No geral, pode-se dizer que a memória tende a apresentar falhas devido às seguintes causas:
1. Falta de atenção
A atenção é uma condição prévia para a memorização. Se você não estiver focado quando uma informação é apresentada, ela dificilmente será codificada de forma eficaz.
Por isso, distrações no ambiente, uso excessivo de dispositivos eletrônicos ou tentar fazer multitarefas comprometem a formação da memória.
2. Estresse e ansiedade
O estresse crônico eleva os níveis de cortisol, um hormônio que, em excesso, pode afetar negativamente o hipocampo — a região do cérebro essencial para a formação de memórias.
Logo, a ansiedade também interfere na atenção e, consequentemente, na memória.
3. Privação de sono
Dormir bem é essencial para consolidar memórias. Durante o sono, especialmente nas fases mais profundas, o cérebro organiza e consolida as informações adquiridas ao longo do dia.
Assim sendo, a falta de sono afeta não só o armazenamento, mas também a recuperação de informações.
4. Envelhecimento
Com o passar dos anos, é natural que haja uma diminuição na velocidade de processamento cognitivo e na capacidade de recuperação de certas memórias.
Isso não significa que a pessoa vá desenvolver demência, mas sim que algumas falhas pontuais tornam-se mais frequentes.
5. Sobrecarga de informações
Vivemos em uma era de excesso de estímulos. O bombardeio constante de dados e notificações prejudica a concentração e faz com que o cérebro tenha dificuldades para selecionar e guardar o que realmente importa.
Além disso, trabalhar demais, o cansaço e o desenvolvimento de burnout podem ajudar para que isso aconteça.
6. Falta de uso da memória
A memória também precisa ser exercitada.
Logo, se dependemos o tempo todo de dispositivos para lembrar compromissos, senhas e tarefas, reduzimos o esforço mental de lembrar — e, com isso, a memória se atrofia.
7. Alimentação inadequada
A dieta influencia diretamente o funcionamento cerebral. Deficiências de vitaminas (como B12), minerais e ácidos graxos essenciais afetam a capacidade cognitiva.
Além disso, o consumo excessivo de açúcar e alimentos ultraprocessados pode gerar inflamações que impactam negativamente o cérebro.
8. Condições médicas e medicamentos
Doenças como depressão, hipertireoidismo, diabetes e Alzheimer afetam diretamente a memória.
Medicamentos como por exemplo, sedativos, antidepressivos e remédios para pressão alta também podem ter efeitos colaterais que comprometem o desempenho cognitivo.
Quando as falhas de memória são normais — e quando não são
Esquecer uma palavra, um nome ou onde estacionou o carro são esquecimentos comuns e geralmente benignos.
No entanto, é preciso atenção quando:
- As falhas de memória ocorrem com frequência crescente.
- Há dificuldade em aprender coisas novas.
- A pessoa se perde em lugares familiares.
- Há confusão entre datas, nomes e eventos importantes.
- Começam a surgir mudanças comportamentais.
Nesses casos, é importante procurar avaliação médica para descartar ou diagnosticar condições neurológicas como Alzheimer, demência frontotemporal ou comprometimento cognitivo leve.
O que fazer para melhorar sua memória
Se você sente que precisa de ajuda para que a memória funcione melhor, o ideal é seguir os seguintes passos:
1. Durma o suficiente
Estabelecer uma rotina de sono adequada, com ao menos 7 a 8 horas por noite, é uma das medidas mais eficazes para melhorar a memória.
Assim sendo, evite o uso de telas antes de dormir e procure manter horários regulares para deitar-se e levantar-se.
2. Pratique atividade física
Exercícios aeróbicos, como caminhar, correr ou nadar, aumentam o fluxo sanguíneo no cérebro e estimulam a formação de novos neurônios.
Logo, a prática regular também reduz o estresse e melhora o humor — ambos essenciais para a memória.
3. Alimente-se bem
Inclua alimentos ricos em ômega-3 (como peixes de água fria), antioxidantes (frutas vermelhas, vegetais verdes escuros), vitaminas do complexo B e magnésio.
Evite o consumo excessivo de álcool e açúcar.
4. Treine o cérebro
Aprender uma nova língua, fazer palavras cruzadas, tocar um instrumento musical ou até mesmo jogar xadrez são formas eficazes de manter o cérebro ativo e em constante adaptação.
A novidade estimula a plasticidade cerebral.
5. Reduza o estresse
Práticas como meditação, ioga, respiração consciente e pausas durante o dia ajudam a equilibrar os níveis de cortisol.
Quanto menor o estresse, melhor o funcionamento da memória.
6. Seja organizado
Manter uma agenda, fazer listas de tarefas e estabelecer rotinas pode ajudar a aliviar a sobrecarga da memória de curto prazo.
Logo, organizar informações externamente ajuda a liberar espaço mental para outras tarefas cognitivas.
7. Relacione informações
Para lembrar algo, conecte a informação nova a algo que você já conhece.
Técnicas mnemônicas, como criar histórias ou usar acrônimos, ajudam a fixar melhor conteúdos.
8. Cultive interações sociais
Conversar, debater ideias e manter contato com amigos e familiares estimula diversas áreas do cérebro, além de contribuir para o bem-estar emocional, que também impacta na memória.
A relação entre saúde mental e memória
Nem sempre a falha de memória está ligada ao cansaço, ao envelhecimento ou à falta de atenção.
Em muitos casos, a raiz do problema pode estar na saúde mental.
Transtornos como ansiedade, depressão, estresse crônico, burnout e até traumas psicológicos têm impacto direto na forma como o cérebro armazena e recupera informações.
A ansiedade, por exemplo, pode causar um estado constante de alerta, dificultando a concentração e a fixação de memórias.
Já a depressão tende a afetar o interesse e a motivação, elementos fundamentais para que algo seja registrado e posteriormente lembrado.
O estresse contínuo eleva os níveis de cortisol, um hormônio que, em excesso, prejudica o funcionamento do hipocampo — área do cérebro essencial para a memória.
Além disso, problemas emocionais também podem afetar o sono, os hábitos alimentares e o convívio social, fatores já conhecidos por influenciar diretamente a saúde cognitiva.
É por isso que cuidar da saúde mental não é apenas importante para o bem-estar emocional, mas também fundamental para manter a mente afiada e a memória funcionando de forma satisfatória.
A psicologia oferece ferramentas para lidar com fatores emocionais que impactam a memória e ajuda a desenvolver estratégias cognitivas que fortalecem a mente.
Portanto, falar sobre o que estamos sentindo, compreender nossos padrões de comportamento e cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar do corpo ou da alimentação.
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Autor: psicologa Andreia Crocco Santos - CRP 06/146707Formação: Pós-graduada em Psicanálise e os Desafios da Contemporaneidade. Pós-graduanda em Saúde Mental, Psicopatologia e atenção psicossocial. Atendimento Psicoterápico Clínico de casal e individual de adolescentes, adultos e idosos sob orientação psicanalítica e psicoterapia psicodinâmica